terça-feira, 25 de setembro de 2018

LGBTFOBIA


Você já imaginou ser agredido apenas por existir? E por abraçar, beijar ou andar de mãos dadas com alguém que você ama?A população LGBTQ+ já. Na verdade, não apenas imagina, como sente na pele todos os dias a violência física e verbal e a discriminação.


LGBTFOBIA MATA


Em 2017, a média de assassinatos de LGBTQ+ registrados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia) estava em 1,05 por dia. Até então, a maior média tinha sido registrada em 2016, quando aconteceram 343 assassinatos o equivalente a 0,95 morte por dia. Um levantamento divulgado pelo Grupo Gay Bahia (GGB), revelou que 126 mortes de LGBTQ+ no Brasil foram registradas no primeiro trimestre deste ano 2018.                   
O estudo foi realizado através de informações repassadas por Grupos LGBTS de todo o país. Contando ocorrências registradas desde janeiro até o dia 10 de abril. O estado de São Paulo figurou no topo entre os estados que mais registraram casos de homofobia, revelando 19 episódios de violência contra a população LGBTQ+

O Ceará, considerado o estado mais violento do nordeste para membros da diversidade, aparece em seguida com 9 mortes, assim como Alagoas que registrou três suicídios e seis homicídios neste período.

Definitivamente não são tempos fáceis para quem luta por igualdade social e direito das minorias no Brasil e em todo o mundo. Porém, é em momentos como esse que mais se faz necessário discutir políticas públicas e iniciativas para acolher essas pessoas na sociedade.

Como denunciar


Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Além de ser um direito, é dever de todo cidadão denunciar esse tipo de ocorrência.
A vítima deve exigir seus direitos e registrar um Boletim de Ocorrência. É  essencial buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada. Em caso de agressões físicas, a vítima não deve lavar-se nem trocar de roupa, já que tais atos deslegitimariam possíveis provas que devem ser buscadas através de um Exame de Corpo de Delito (a realização desse exame é indispensável).

Se a violência for feita por meio de danos à propriedade, roupas, símbolos, bandeiras e etc, deve-se deixar o local e os objetos da maneira como foram encontrados para que as autoridades competentes possam averiguar a situação.
Atualmente, o Disque 100 funciona como um número de telefone destinado ao recebimento de denúncias sobre pedofilia, abuso de crianças, trabalho infantil e também lgbtfobia.

Mato Grosso do Sul


Não existe delegacia especializada em crimes de LGBTfobia.                                                                      O estado não conta os crimes contra o público gay. Há um Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia na capital, Campo Grande. 
O endereço é: Rua Marechal Rondon, 713, no centro.
O telefone é: (67) 3324-0769. 
Esse centro desenvolve políticas de defesa e de cidadania voltadas ao público LGBTQ+. O órgão ressalta que o fato de não haver as categorias de identidade de gênero e orientação sexual nos campos dos boletins de ocorrência acaba prejudicando a aferição da violência LGBTfóbica.
Para denúncias pela internet acesse: http://www.humanizaredes.gov.br/disque100/

Luta contra o luto

Iniciativas e projetos voltados para a população LGBTQ+ há diversos grupos e projetos que estão trabalhando em prol da comunidade LGBT Conheça alguns deles:

Destination Pride


Viajar para uma nova região do país ou do mundo sendo uma pessoa LGBTQ+ não é sempre tão simples. Uma cidade intolerante e uma cultura homofóbica, por exemplo, são empecilhos que podem surgir e estragar um momento de lazer. Pensando em salvaguardar a segurança e diversão dessa comunidade, a agência de publicidade FCB/SIX e a organização canadense PFLAG criaram o site Destination Pride. A plataforma recém-lançada se propõem a ser um guia de destino que informações acerca das políticas pró-LGBTs dos locais.

Casa 1  

]Através de uma campanha de crowdfunding, o jornalista Iran Giusti arrecadou R$ 112 mil e criou a Casa 1, centro cultural e república de acolhimento LGBTQ+ na cidade de São Paulo. O espaço fica no bairro Bela Vista, na região central e oferece abrigo para até 12 pessoas maiores de 18 anos de idade que foram expulsas de casa. Além de cama, a Casa 1 oferece aulas e oficinas realizadas por voluntários. Para ajudar o projeto, acesse a página do Facebook ou escreva para centrocasaum@gmail.com.

Casa Nem                                                                                 


Na Lapa, no Rio de Janeiro, está sediada a Casa Nem, local de abrigo para transsexuais, travestis e homossexuais em situação de vulnerabilidade. A gestão do espaço é baseada em voluntariado e no apoio de pessoas que doam alimentos, móveis e dinheiro. Ali também acontecem eventos culturais para a comunidade LGBTQ+

Vote LGBT                                                                                                                                                 


Fazer parte da comunidade LGBT é também estar envolvido na política nacional e mundial, acompanhando projetos de leis, lutando por representatividade e pelos direitos da minoria. O coletivo Vote LGBT tem essa preocupação. O grupo, organizado por voluntários, realiza campanhas durante épocas de eleição e divulga informações sobre perfis de candidatos com propostas pró-LGBT em seus projetos de governo.

Sarau Manas e Monas                                                    


O Sarau Manas e Monas é uma iniciativa criada por um coletivo de mesmo nome formado na ETEC de Artes, em São Paulo. O projeto funciona promovendo discussões sobre questões da mulher, gênero e direitos para todas as minorias. As pautas LGBTQ+ aparecem nas falas e em músicas e poesias apresentadas ali.

Mães pela Diversidade    


O apoio familiar quando um indivíduo da família se descobre e se assume LGBT é essencial. Pensando nisso, diversas mães se reuniram e no coletivo Mães pela Diversidade, que atua em diversos estados do país. O projeto organiza diálogos e eventos de conscientização, está presente em Paradas LGBTs e divulga informações importantes para familiares aprenderem a aceitar seus parentes LGBTs.

English to Trans form      


Segundo dados da Pesquisa Nacional sobre Estudantes LGBT e o Ambiente Escolar, 73% dos jovens entre 13 e 21 anos identificados como LGBT foram agredidos no espaço escolar por conta de sua orientação sexual. É esse preconceito que leva muitos homossexuais, bissexuais e princialmente transsexuais a abandonarem o ambiente escolar e se afastar dos estudos e, consequentemente, ter desvantagens no mercado de trabalho. Como uma alternativa à essa realidade, um grupo de voluntários criou o English to Trans-form. A iniciativa, organizada por professores voluntários, oferece aulas de inglês na cidade de São Paulo para mulheres e homens trans e pessoas da comunidade LGBTQ+ que sofram preconceito.

TODXS


Você conhece todos os seus direitos como cidadão, sabe que a lei deve assegurar sua segurança e te proteger de atos de preconceito? A startup social TODXS sabe disso, e resolveu criar um aplicativo homônimo para que você também esteja ciente. A plataforma traz um compilado de todas as leis brasileiras de proteção à comunidade LGBT e ainda permite que os usuários façam suas denúncias.

Tamanduás-Bandeira Rugby Club    


Mora em São Paulo e está afim de praticar algum esporte? Então conheça o time Tamanduás Bandeira. Desde maio do ano passado, a equipe de rúgbi LGBTQ+ realiza treinos abertos aos sábados, às 15h, no Obelisco, no Parque Ibirapuera. Não é necessário ter experiência para participar dos treinos.

Gaymada


Uma mistura de atividade física com ativismo é o que propõe a Gaymada, uma versão LGBT da tradicional brincadeira queimada. As datas dos jogos são sempre divulgadas na página do Facebook da Gaymada e tem participação gratuita e livre para todas as idades, etnias e identidades de gênero.

 Estudante: Thamis Gomes Castilhos                                                                                                    

Referências:  https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/2018/04/brasil-registra-126-mortes-de-lgbts-no-primeiro-trimestre-de-2018-aponta-relatorio https://www.huffpostbrasil.com/2016/03/23/como-a-lgbtfobia-se-esconde-no-brasil_a_21689167/                                                             https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/09/25/brasil-tem-recorde-de-lgbts-mortos-em-2017-ainda-doi-diz-parente.htm





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