Você já imaginou ser agredido apenas por existir? E por abraçar, beijar ou andar de mãos dadas com alguém que você ama?A população LGBTQ+ já. Na verdade, não apenas imagina, como sente na pele todos os dias a violência física e verbal e a discriminação.
LGBTFOBIA MATA
Em 2017, a média de assassinatos
de LGBTQ+ registrados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia) estava em 1,05
por dia. Até então, a maior média tinha sido registrada em 2016, quando
aconteceram 343 assassinatos o equivalente a 0,95 morte por dia. Um
levantamento divulgado pelo Grupo Gay Bahia (GGB), revelou que 126
mortes de LGBTQ+ no Brasil foram registradas no primeiro trimestre deste ano
2018.
O estudo foi realizado através de
informações repassadas por Grupos LGBTS de todo o país. Contando ocorrências
registradas desde janeiro até o dia 10 de abril. O estado de São Paulo figurou
no topo entre os estados que mais registraram casos de homofobia, revelando 19
episódios de violência contra a população LGBTQ+
O Ceará, considerado o estado
mais violento do nordeste para membros da diversidade, aparece em seguida
com 9 mortes, assim como Alagoas que registrou três suicídios e seis homicídios
neste período.
Definitivamente não são tempos
fáceis para quem luta por igualdade social e direito das minorias no Brasil e
em todo o mundo. Porém, é em momentos como esse que mais se faz necessário
discutir políticas públicas e iniciativas para acolher essas pessoas na
sociedade.
Como denunciar
Toda delegacia tem o dever de
atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Além de ser um
direito, é dever de todo cidadão denunciar esse tipo de ocorrência.
A vítima deve exigir seus
direitos e registrar um Boletim de Ocorrência. É essencial buscar a ajuda
de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada. Em caso de agressões
físicas, a vítima não deve lavar-se nem trocar de roupa, já que tais atos
deslegitimariam possíveis provas que devem ser buscadas através de um Exame de
Corpo de Delito (a realização desse exame é indispensável).
Se a violência for feita por meio
de danos à propriedade, roupas, símbolos, bandeiras e etc, deve-se deixar o
local e os objetos da maneira como foram encontrados para que as autoridades
competentes possam averiguar a situação.
Atualmente, o Disque
100 funciona como um número de telefone destinado ao recebimento de
denúncias sobre pedofilia, abuso de crianças, trabalho infantil e também
lgbtfobia.
Mato Grosso do Sul
Não existe delegacia especializada
em crimes de LGBTfobia.
O estado não conta os crimes contra o público gay. Há um Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à
Homofobia na capital, Campo Grande.
O endereço é: Rua Marechal Rondon, 713, no centro.
O telefone é: (67) 3324-0769.
Esse centro desenvolve políticas
de defesa e de cidadania voltadas ao público LGBTQ+. O órgão ressalta que o
fato de não haver as categorias de identidade de gênero e orientação sexual nos
campos dos boletins de ocorrência acaba prejudicando a aferição da violência
LGBTfóbica.
Luta contra o luto
Iniciativas e projetos voltados para a população LGBTQ+ há diversos grupos e projetos que estão trabalhando em prol da comunidade LGBT Conheça alguns deles:
Destination
Pride
Viajar para uma nova região do
país ou do mundo sendo uma pessoa LGBTQ+ não é sempre tão simples. Uma cidade
intolerante e uma cultura homofóbica, por exemplo, são empecilhos que podem
surgir e estragar um momento de lazer. Pensando em salvaguardar a segurança e
diversão dessa comunidade, a agência de publicidade FCB/SIX e a organização
canadense PFLAG criaram o site Destination Pride. A plataforma recém-lançada se
propõem a ser um guia de destino que informações acerca das políticas pró-LGBTs
dos locais.
Casa
1
]Através de uma campanha de crowdfunding, o
jornalista Iran Giusti arrecadou R$ 112 mil e criou a Casa 1, centro cultural e
república de acolhimento LGBTQ+ na cidade de São Paulo. O espaço fica no bairro
Bela Vista, na região central e oferece abrigo para até 12 pessoas maiores de
18 anos de idade que foram expulsas de casa. Além de cama, a Casa 1 oferece
aulas e oficinas realizadas por voluntários. Para ajudar o projeto, acesse a
página do Facebook ou escreva para centrocasaum@gmail.com.
Casa
Nem
Na Lapa, no Rio de Janeiro, está
sediada a Casa Nem, local de abrigo para transsexuais, travestis e homossexuais
em situação de vulnerabilidade. A gestão do espaço é baseada em voluntariado e
no apoio de pessoas que doam alimentos, móveis e dinheiro. Ali também acontecem
eventos culturais para a comunidade LGBTQ+
Vote
LGBT
Fazer
parte da comunidade LGBT é também estar envolvido na política nacional e
mundial, acompanhando projetos de leis, lutando por representatividade e pelos
direitos da minoria. O coletivo Vote LGBT tem essa preocupação. O grupo,
organizado por voluntários, realiza campanhas durante épocas de eleição e
divulga informações sobre perfis de candidatos com propostas pró-LGBT em seus
projetos de governo.
Sarau
Manas e Monas
O Sarau Manas e Monas é uma
iniciativa criada por um coletivo de mesmo nome formado na ETEC de Artes, em
São Paulo. O projeto funciona promovendo discussões sobre questões da mulher,
gênero e direitos para todas as minorias. As pautas LGBTQ+ aparecem nas falas e
em músicas e poesias apresentadas ali.
Mães
pela Diversidade
O apoio familiar quando um
indivíduo da família se descobre e se assume LGBT é essencial. Pensando nisso,
diversas mães se reuniram e no coletivo Mães pela Diversidade, que atua em
diversos estados do país. O projeto organiza diálogos e eventos de
conscientização, está presente em Paradas LGBTs e divulga informações
importantes para familiares aprenderem a aceitar seus parentes LGBTs.
English
to Trans form
Segundo dados da Pesquisa Nacional
sobre Estudantes LGBT e o Ambiente Escolar, 73% dos jovens entre 13 e 21 anos
identificados como LGBT foram agredidos no espaço escolar por conta de sua
orientação sexual. É esse preconceito que leva muitos homossexuais, bissexuais
e princialmente transsexuais a abandonarem o ambiente escolar e se afastar dos
estudos e, consequentemente, ter desvantagens no mercado de trabalho. Como uma
alternativa à essa realidade, um grupo de voluntários criou o English to
Trans-form. A iniciativa, organizada por professores voluntários, oferece aulas
de inglês na cidade de São Paulo para mulheres e homens trans e pessoas da
comunidade LGBTQ+ que sofram preconceito.
TODXS
Você conhece todos os seus
direitos como cidadão, sabe que a lei deve assegurar sua segurança e te
proteger de atos de preconceito? A startup social TODXS sabe disso, e resolveu
criar um aplicativo homônimo para que você também esteja ciente. A plataforma
traz um compilado de todas as leis brasileiras de proteção à comunidade LGBT e
ainda permite que os usuários façam suas denúncias.
Tamanduás-Bandeira
Rugby Club
Mora em São Paulo e está afim de
praticar algum esporte? Então conheça o time Tamanduás Bandeira. Desde maio do
ano passado, a equipe de rúgbi LGBTQ+ realiza treinos abertos aos sábados, às
15h, no Obelisco, no Parque Ibirapuera. Não é necessário ter experiência para
participar dos treinos.
Gaymada
Uma
mistura de atividade física com ativismo é o que propõe a Gaymada, uma versão
LGBT da tradicional brincadeira queimada. As datas dos jogos são sempre
divulgadas na página do Facebook da Gaymada e tem participação gratuita e livre
para todas as idades, etnias e identidades de gênero.
Estudante: Thamis Gomes
Castilhos
Referências: https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/2018/04/brasil-registra-126-mortes-de-lgbts-no-primeiro-trimestre-de-2018-aponta-relatorio https://www.huffpostbrasil.com/2016/03/23/como-a-lgbtfobia-se-esconde-no-brasil_a_21689167/ https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/09/25/brasil-tem-recorde-de-lgbts-mortos-em-2017-ainda-doi-diz-parente.htm
Referências: https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/2018/04/brasil-registra-126-mortes-de-lgbts-no-primeiro-trimestre-de-2018-aponta-relatorio https://www.huffpostbrasil.com/2016/03/23/como-a-lgbtfobia-se-esconde-no-brasil_a_21689167/ https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/09/25/brasil-tem-recorde-de-lgbts-mortos-em-2017-ainda-doi-diz-parente.htm
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