Por mais
que ao longo dos anos, e mesmo que com um processo lento, as mulheres tem
conquistado o seu espaço na sociedade (que é marcada por uma cultura machista e
patriarcal), a desigualdade de gênero ainda é muito inserida nos dias atuais.
A luta
contra a inferioridade feminina teve início no século XIX, na Europa e nos
Estados Unidos, com um movimento chamado feminismo,
que se define como um conjunto de ideias políticas e sociais, ideologias e
filosofias que buscam direitos igualitários para ambos os gêneros; e uma
vivência para as mulheres por meio do empoderamento feminino, a quebra de estereótipos que foram
construídos por ideias de gêneros, o que é “de mulher” e o que é “de homem”.
Desde então, o movimento foi marcado por grandes conquistas, algumas delas são:
Direitos de contrato/propriedade e direito ao voto;
Direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo;
Direito a métodos contraceptivos;
Proteção de garotas e mulheres contra a violência doméstica, assédio sexual e estupro;
Direitos trabalhistas, licença maternidade e igualdade salarial;
Desigualdade de Gênero no Brasil
Em termos
de população, as mulheres são maioria, equivalem à 51,48% do total de
habitantes do país. Na história das constituições que o Brasil teve, é possível
observar como as mulheres conquistaram os seus direitos; a Constituição de 1988 é um grande exemplo, onde foram sancionados os
Direitos Trabalhistas e a Lei da Isonomia, porém a realidade
teórica é muito distante da realidade prática.
A
desigualdade de gênero está em todos os campos do país, por isso não é um
espanto ao ver que o Brasil decaiu 11 posições, e que agora possui a de n° 90,
no ranking do Fórum Econômico Mundial, que analisou a questão de igualdade
entre homens e mulheres em 144 países, no ano de 2017.
O que fez
com que o país decaísse de tal maneira, é que por mais que os índices de saúde
e educação tenham obtido melhorias
significativas, a representatividade política e a disparidade salarial tiveram
aumento nos últimos 10 anos.
No governo
atual, o número de deputados federais é de 513, e desses, apenas 51 são
mulheres. No Senado, de 81, são 13. Dos 28 ministérios, somente 2 são ocupados
por mulheres. E dos 37 presidentes que o país teve, uma única mulher o
governou, a ex-presidenta Dilma Rousseff.
Com esses dados, é nítido ver o quanto o poder
legislativo do país não possui representatividade feminina.
Falando de
desigualdade salarial, o Brasil é um dos 6 países com o maior índice. A
pesquisa da Catho 2017, mostra que as mulheres são menos remuneradas que os
homens em todos os cargos, e quanto maior o seu nível de escolaridade, maior
será a disparidade.
Com base
numa população de nível superior completo acima dos 25 anos, as mulheres ocupam
23,5%, e os homens 20,7%. 42% das
mulheres são empregadas, enquanto homens, são 65%.
A média da
renda mensal de trabalho feminina correspondem a 75% da renda masculina,
valores respectivos a R$ 1.764,00 e R$ 2.306,00, e isso faz com que, as
famílias que possuem uma mulher como líder, estão dentro das famílias mais
pobres do Brasil.
Portanto, o
mercado de trabalho é um campo de luta para as mulheres, ainda mais para
negras, que além de sofrer com este fato, sofrem com questões raciais. Isso
torna-se um reflexo das consequências causadas pela desigualdade de gênero.
Feminicídio
É um relato
que infelizmente está presente muito presente na sociedade, e os casos tem
aumentado cada vez mais. Em 2016, a cada
duas horas uma mulher foi assassinada, resultando em 4.657 mortes, porém
dessas, apenas 533 foram consideradas feminicídio,
mesmo após a lei que foi criada:
LEI Nº
13.104, DE 9 DE MARÇO DE 2015.
Altera o
art. 121 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para
prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e
o art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio
no rol dos crimes hediondos.
O crime se
consiste em um homicídio que leva o assassino a matar uma mulher motivado por
ódio em relação a sua condição do gênero feminino, basicamente, a mulher é
assassinada pelo simples fato de ser uma.
Os casos que mais ocorrem no Brasil, são os de violência doméstica, em que o próprio parceiro da pratica o crime, podendo ser cometido de várias formas, porém o que mais acontece é a combinação de práticas de violência sexual, tortura e/ou mutilação antes ou depois do assassinato.
Os casos que mais ocorrem no Brasil, são os de violência doméstica, em que o próprio parceiro da pratica o crime, podendo ser cometido de várias formas, porém o que mais acontece é a combinação de práticas de violência sexual, tortura e/ou mutilação antes ou depois do assassinato.
Dados do
Mapa da Violência levantam que o índice de mulheres negras e periféricas que
são mortas cresceu em 54%, enquanto as brancas caíram em 9,8%. Isso não é
devido apenas por uma questão social de pobreza, e sim, que a questão racial
ainda é muito presente na sociedade atual.
Violência contra a mulher
Violência contra a mulher
Existem
diferentes formas de violência contra a mulher, a violência intrafamiliar ou
doméstica, violência física, sexual, psicológica e moral, patrimonial e
institucional.
A violência
intrafamiliar é uma forma que muitas mulheres são submetidas, e, ocorre entre
os membros da família, independentemente se o agressor mora na mesma casa ou
não.
Violência
física é qualquer agressão que se dê sobre o corpo da mulher. Pode se dar por
meio de empurrões, queimaduras, mordidas, chutes, socos, pelo uso de armas
brancas ou de fogo, etc.
A violência
sexual é qualquer ato onde a vitima é obrigada, por meio de força, coerção ou
ameaça, a praticar atos sexuais degradantes ou que não deseja. Este tipo de
violência também pode ser feito pelo próprio marido ou companheiro da vitima.
Violência
psicológica e moral é a violência que se dá no abalo da autoestima da mulher
por meio de palavras ofensivas, desqualificação, difamação, proibições, etc.
A violência
patrimonial é qualquer ato que tem por objetivo dificultar o acesso da vítima à
autonomia feminina, utilizando como meio a retenção, perda, dano ou destruição
de bens e valores da mulher.
Violência
institucional é qualquer ato constrangedor, fala inapropriada ou omissão de
atendimento realizado por agentes de órgãos públicos prestadores de serviços
que deveriam proteger as vítimas dos outros tipos de violência e reparar as
consequências por eles causados.
Uma das
formas mais comuns de violência contra a mulher ocorre por seus maridos ou
parceiros íntimos. O fato é que as mulheres geralmente estão envolvidas
emocionalmente com seus parceiros e dependem financeiramente deles, o que acaba
resultando em sua submissão. Isso ocorre em qualquer esfera social
independentemente do grupo econômico, religioso, social ou cultural.
Estudante: Emanuely Calonga.
Estudante: Emanuely Calonga.
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